Pão integral caseiro, o verdadeiro.
Mesmo os pães industrializados tipo "integral", na verdade de
integral não tem muita coisa.
A legislação permite uma porcentagem muito baixa de farinha integral para o pão
industrializado ser considerado integral e levar este nome na embalagem.
Na verdade, a maioria dos fabricantes substitui a farinha integral por farelo
de trigo. Qual a diferença? O farelo de trigo é só a casca moída do trigo, sem
o gérmen.
Então o pão industrializado do tipo integral nada mais é do que o pão branquelo
que já conhecemos adicionado de farelo de trigo e em alguns casos, também um
tanto de chá de cevada para ficar mais escurinho.
O gérmen é a parte mais nutritiva do grão, por onde ele começa a brotar.
O gérmen é retirado durante o processo de “beneficiamento(?)” da farinha para
aumentar o tempo de prateleira (shelf life) dos produtos derivados – justamente
por ser muito nutritivo, o gérmen é a parte mais perecível do trigo.
Para onde vai o gérmen do trigo retirado da farinha? Geralmente é
transformado em suplemento alimentar, cremes de beleza e ração para gado. (Daí,
que algumas vezes é verdade quando dizem que tem gado melhor tratado do que
gente...)
Os suplementos alimentares e cremes de beleza são outra maneira mais cara de receber
os nutrientes que você não ingeriu ao aceitar comer o pão de amido e farelo.
O pão integral de verdade é massudo, quebradiço e delicioso, quase um bolo. Dá
pra comer puro facilmente. Diferente dos pães industrializados, que precisam
ser engraxados com muita manteiga (ou margarina, no pior dos casos) para
ficarem palatáveis e descer pelo tubo digestivo.
Outra vantagem da receita caseira é que praticamente não vai açúcar e gordura, nem aditivos e conservantes.
A maioria das marcas industrializadas adicionam muita gordura e açúcar na
receita para “dar um truque” no nosso paladar, pois o pão de farinha branca com
farelo tem praticamente gosto de nada.
A farinha de trigo integral verdadeira é aquela moída com os grãos inteiros,
com casca (farelo), endosperma (o conteúdo branquinho, contendo amido e
proteínas) e o gérmen do trigo. E de preferência orgânica. Quanto mais fresca
melhor, para preservar os nutrientes da oxidação. Moída na hora, melhor ainda! Se
for guardar a farinha, faça de preferência em geladeira (reserve um escaninho lá
dentro para isso).
Vamos divulgar esta receita para todo mundo, a gente precisa saber das
vantagens de se fazer o pão em casa. A simples substituição desses pães industriais
inflados, do tipo “esponja de farelo” pelo pão integral caseiro de verdade pode
ajudar a evitar muitas doenças.
Existem muitas receitas caseiras de pão integral, mas receita abaixo é a mais simples que encontrei.
Não leva ovos nem leite, o que é bom porque dá um tempo no excesso de ovos, queijos e leite que uma pessoa come todos os dias, o que acaba não fazendo bem. É fácil de preparar e
muito mais saudável que esses pães industrializados. Foi apresentada pela MaFê, uma antiga colaboradora deste blog.
Pão básico de trigo integral
2 xícaras de água morna
2 tabletes de fermento fresco (ou um envelope de fermento biológico seco)
1 colher de sopa de açúcar demerara (é açúcar dourado ou turbinado)
(fazer a “esponja”: dissolva o fermento na água morna com açúcar e deixe
“espumar”)
5 xícaras de farinha integral
1 colher de sopa de azeite
1 colher de chá de sal
Acrescentar devagar os ingredientes à esponja, até dar o ponto de soltar da mão.
Deixar descansar.
Modelar os pães.
Deixar crescer. (mais ou menos 20 minutos)
Assar em forno médio-baixo, por cerca de 30-45 minutos (dependendo da
potência do forno e da regulagem do gás)
Algumas dicas:
* O fermento biológico fresco deixa o pão mais gostoso, mas se não tiver
disponível, o fermento seco dá conta do recado. O fermento químico não serve.
* O açúcar dourado ou demerara entra na receita para acordar as leveduras que
farão o pão crescer. O mascavo não fica bom, pois muda o gosto do pão. O
açúcar branco convém evitar.
* Se for guardar a farinha em geladeira, é bom deixar descansando uns minutos
em temperatura ambiente antes de começar a fazer o pão, para evitar da farinha
fria entrar em contato com a levedura do fermento.
* Os fornos tem potências e tempos diferentes de cozimento. Faz diferença se é de botijão ou
não, a idade do forno e a regulagem do gás.
* Se quiser um pão maior, pode dobrar a receita dobrando todos os ingredientes.
* Pode fazer um pequeno corte no topo da massa antes de botar no forno, para o
pão crescer.
* Para saber se o pão está no ponto, amassar com uma colher. Se a parte do
pão voltar à posição, então está pronto.
* Pode substituir uma xícara de farinha integral na receita por outra farinha, como a
de milho, centeio, cevada ou trigo sarraceno, dependendo do gosto individual. O
trigo sarraceno é gostoso e deixa o pão mais fofinho.
* Depois do pão pronto, pode deixar guardado dentro do próprio forno por algumas horas. Se for guardar para o dia seguinte, convém armazenar em geladeira por até 3 dias.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Hambúrguer de lentilha germinada no pão essênio
Hambúrguer de lentilha rosa germinada, maionese de linhaça, catchup de tomate orgânico, tomatinhos cereja e salada no pão essênio, de trigo germinado.
Making off:
O hambúrguer é de lentilha rosa germinada e batida no liquidificador, com temperos e um pouco de farinha de mandioca crua pra dar liga.
A maionese, se prepara igual à maionese de ovos, mas em vez de óleo, vai azeite prensado à frio, 1 colher de café de vinagre de cidra, suco de limão e mostarda. No lugar dos ovos, usa linhaça dourada hidratada.
Pro catchup, é só bater um tomate sem sementes no liquidificador, com um pedaço de pimentão vermelho e temperos (alho, sal gengibre, etc)
domingo, 17 de julho de 2011
Participação no 4o Festival de Cozinha Vegetariana
Olá leitores,
Vou fazer uma demonstração de culinária viva no 4o Festival de Cozinha Vegetariana dia 21, quinta feira, das 15h as 16h.
Escolhi três receitas fáceis que combinam entre si, para mostrar como a Alimentação Viva pode ser prática e rápida (até mesmo para quem vive em apartamento numa grande cidade - como eu :)
Receitas: lentilha tropeira viva, couve desfiada e farofa colorida. (Já havia saído no blog: link aqui)
4o Festival de Cozinha Vegetariana (programação)
Local do Evento: PAVILHÃO DA BIENAL
Parque Ibirapuera, Portão 3
04094-000 - São Paulo - SP - Brasil
Telefone: (11) 5574 5922
Telefax: (11) 5549 0230
Programa sujeito a mudar sem aviso prévio. A SVB não necessariamente compartilha das opiniões emitidas pelos palestrantes.
Mais informações: http://www.svb.org.br/vegetarianismo/index.php?option=com_content&view=category&id=337:4o-festival-de-cozinha-vegetariana-programacao&Itemid=248
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Fritada de tofu com tomate, feijão azuki e harussamê
terça-feira, 5 de julho de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
"Doce Deleite" vivo com creme de Amêndoas e Tâmaras
"Doce de leite" vivo, sem leite de vaca. Mamão, abacate, tâmaras secas e amêndoas germinadas batidas no liquidificador.
Pra ficar "igual ao comprado", a gente pode adicionar um pouco de mel, xarope de agave ou melado.
Com o tempo, a gente acostuma com menos 'docice' e aproveita melhor o açúcar natural das tâmaras e do mamão.
Pode acompanhar outras frutas como a banana.
Gostoso e perfuma a boca. Nem precisa ir ao fogo, é super fácil de fazer.
É um deleite!
É um deleite!
domingo, 3 de julho de 2011
Abobrinha com tahine vivo, couve cruzida com cenoura
sábado, 2 de julho de 2011
Morangos com "leite condessado" de fruta-do-conde
Mais um doce vivo, sem açúcar nem ingredientes de origem animal: Morangos ao "leite condensado" de fruta-do-conde.
Morangos ficam de molho na água com uma pitadinha mínima de sal, durante uns minutos, pra quebrar a acidez.
O "leite condessado" é o próprio leite da fruta-do-conde, não vai leite de vaca na receita.
Retira-se a polpa da fruta, e passa na panela furada (peneira de voil).
O que sobra é um creme branco super doce, mais perfumado que o leite de vaca condensado, e sem as desvantagens :)
As frutas-do-conde (ou pinha, são muito parecidas) ao fundo.
Tem o ano todo. No começo do ano, tem a fruta-do-conde e a pinha de junho pra frente.
As "annonas" suculentas, servem pra fazer o doce.
Na meia-estação temos as atemoyas, que lembram o creme de leite.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Couve-flor ao curry com couve-manteiga e tomates orgânicos.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Crianças vegetarianas
As crianças hoje em dia estão nascendo cada vez mais vegetarianas.
Outro dia, estávamos em grupo conversando e uma psicóloga contou que estão aparecendo no consultório casos de pais aflitos, sem saber o que fazer, para seus filhos comerem carne!
Levam até no psicólogo, heheh.
É bom alertar que não é necessário preocupação: não comer carne é uma atitude saudável, desde que se tenha informação. Precisamos aprender a respeitar a escolha interna da criança.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Almoço vivo árabe.
sábado, 11 de junho de 2011
Guacamole colorida com "nachos" de linhaça
Guacamole colorida com pimentão vermelho, cebola roxa e tomates orgânicos e "nachos" de linhaça pra acompanhar.
Guacamole colorida com pimentão amarelo, cebola roxa e tomates.
O importante é não transformar num creme.
Nós, brasileiros, temos mania de creme, queremos transformar tudo em 'creme lisinho' rs.
A graça é deixar o abacate meio em pedaços, pra poder pegar com a tortilha e sentir a textura.
É só se servir!
Making of "nachos" de linhaça:
Da massa, os crackers vivos de linhaça são temperados e cortados em forma de triângulo, para ficarem com aparência de nachos, só que muito mais saudáveis.
Coloca-se na forma de vidro e leva para o forno baixo com tampa aberta para desidratar.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Torta de trigo germinado com cobertura de tomates orgânicos
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Tutorial - Arroz saudável e ecológico no 'bafo'
Passo-a-passo de como fazer um arroz integral mais saudável, que vai no bafo dentro do forno em vez da panela. É bom pra preservar vitaminas e nutrientes.
Pode ser também uma boa pedida de comida de transição pra uma futura dieta viva.
Vejam o passo-a-passo:
1. Cobrir uma forma com um pedaço suficiente de celofane para culinária.
É ótimo, porque é ecológico, fácil de fechar e pode ir pro lixo orgânico, uma vez que é feito de celulose, o mesmo material das cascas das árvores.
É meio difícil de achar, pois está sendo substituído pelo filme de poliéster, infelizmente.
Se não achar, procure por sacos de poliéster para assar.
O celofane que usei é o Organa Plus da Nelxon.
Eu gostei dele porque é atóxico, tem biodegradação acelerada e é compostável.
Contato da Nelxon: www.nelxon.com.br e (19) 3542.7052
No "Globo Repórter" eles ensinaram a embrulhar em alumínio, o que eu não aconselho, pois gera lixo e os íons de alumínio são tóxicos, contribuem para a descalcificação dos ossos.
2. O arroz integral fica de molho uma noite inteira. No seguinte, lave bem, e coloque o arroz no centro do celofane culinário.
A gente usa o arroz integral porque é arroz de verdade, mais saudável, como a natureza criou.
Como a intenção é fazer no forno para preservar nutrientes, não faz sentido usar arroz branco, pois este é apenas grãos de amido com pouca proteína.
3. Importante cobrir com água até um pouco mais da metade da altura. Adicione cebola, sal marinho, salsa, etc.
Se tiver 'água de legumes', (aquela água que sobra de algum legume já preparado antes) melhor - fica mais rico.
Por favor, não use aqueles cubinhos prontos de caldo de legumes. Além de padronizar o sabor da sua comida, esses "caldinhos prontos" não fazem bem pra saúde e tem muito glutamato monossódico, um aditivo intoxicante e engordativo.
4. A caracterísca legal do celofane é que dá pra fechar muito fácil.
Vá unindo e torcendo as pontas. Após torcido, ele mantém a forma. Isso é bom, porque queremos que o vapor não escape do nosso papelote.
5. Enrole e torça as pontas.
Nós pegamos anteriormente um pedaço grande de celofane, três vezes maior que o recipiente, certo?
A "sobra" do celofane tem uma função: ela vai enrolada, de forma a não deixar o vapor escapar da trouxinha de arroz.
6. Com as pontas do celofane torcidas, certifique-se que não há espaços de escape de vapor.
Se tiver, torça melhor, pra vedar bem.
O passo final antes de ir pro forno, é dar um nó em cima da trouxinha.
7. Pode fechar a tampa do nosso recipente.
O arroz vai cozinhar lentamente no bafo, dentro do calorzinho do recipiente.
Como a temperatura é mais baixa do que se fosse feito direto no fogão, não escapa tanto vapor. Isso é importante, pois muitas vitaminas são perdidas com a evaporação da água quando a tampa está aberta com a panela no fogo.
8. Após umas duas horas em forno BAIXO, temos o arroz pronto!
O arroz cresceu e ocupou o espaço da água.
O tempo de cozimento preciso depende da potência do forno, do gás, etc. É bom ir checando, até se acostumar.
Preparado assim, ele fica bem soltinho, sem precisar daqueles "pozinhos artificiais" que as empresas tentam empurrar pras consumidoras.
Arroz mais saudável, pronto pra mangiar bene!
obs: A diferença de preparar o arroz em celofane e de preparar em papel alumínio ou saquinho de poliéster, é que o papel celofane é poroso, portanto deixa o arroz mais sequinho e soltinho no final.
Se quiser, pode compensar essa característica colocando mais água do que nos outros métodos.
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