quinta-feira, 27 de março de 2008

Branco e do Bem

Iogurte é um alimento único. Rico em ácido lático, é muito bom para os intestinos. É mais interessante que seja feito controlando a prole das bactérias. O leite tem muito açúcar (lactose), que é o amor da vida gastronômica das bactérias. Se deixarmos uma tigela de leite em qualquer lugar, o leite ‘vira’ coalhada naturalmente, fruto da ação de bactérias como Streptococcus lactis e S. cremoris, porém também pode conter coliformes fecais, germes de putrefação e outros bichos. (Cada vez que a gente faz assim, 'na natureza', aparecem pontinhos de cores diferentes, hora vermelhos, hora laranjas, hora verdes, hora cinzas, hora pretos, ... ora, ora!) Quando usamos um iogurte comprado ‘pronto’ ou os fermentos lácteos, temos controle da prole e da quantidade de bactérias que ira crescer ali. Os iogurtes comuns em geral possuem as bactérias Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus e os pró-bióticos Lactobacillus acidophilus , Bifidobacterium e Streptococcus thermophilus. Lactobacillus e Bifidobacterium ajudam a preservar alimentos, e fazem isso fermentando e acidificando-os de tal modo que outros micróbios não conseguem sobreviver, e se ingeridos, fazem isso nos nossos intestinos também, ajudando a mantê-los limpos. Crescem mais depressa que as outras e dominam o ambiente, impedindo que bactérias nocivas provoquem tormentas intestinais como prisão de ventre e diarréia. As Bifidobacterium podem ajudar o corpo humano na síntese de vitaminas tiamina, ácido fólico, ácido nicotí­nico, piridoxina e vitamina B12 e também aumentam a absorção de ferro, cálcio e magnesio. De tão bacanas, essas bactérias são chamadas de pró-bióticas.

+ Iogurte

(A) Yogurte ‘de potinho’ 1 litro de leite* em temperatura de iogurte** 1 potinho de iogurte comprado no supermercado (B) Yogurte ‘de fermento’ 1 1 litro de leite* em temperatura de iogurte** 1 pacote de fermento para 1 litro de leite, ou a fração correspondente do pacote para quantidades maiores. Escolha a receita (A) ou (B), misture tudo muito bem. (Eu passou de uma jarra para outra várias vezes) Colocar em uma tigela ou em vários potinhos, dentro do forno, por no mínimo 6 horas. Eu faço de noite, em poucos minutos, de manhã tem iogurte fresquinho! *Leite: o melhor é o integral, direto da vaca. Nem todos temos esse luxo. Pode fazer com leite de saquinho, de garrafa, até o longa vida. Por enquanto, todos podem ser fervidos, ao contrário do que afirma o mito do 'leite longa vida fervido não faz iogurte'! Depois tem de deixar esfriar até ficar na temperatura de iogurte** Nunca fiz iogurte com leite em pó. **Temperatura de iogurte: Coloque umas gotas na palma da mão. Se sentir conforto durante 10 segundos, a temperatura é boa organismos pró-bioticos. Importante: Misture outras coisas (açúcar, mel, frutas) DEPOIS que o iogurte ficar pronto. Misturar antes pode atrapalhar ou inibir o crescimento dos bichinhos pró-bióticos, e pode favorecer o crescimento de outras bactérias indesejadas. MaFê

Estória sem fim da era de se morrer pela boca

''Lenda, é? Pois sim. Contam que o Diabo ficou doente de inveja quando Deus criou Adão e Eva, seus seres mais perfeitos, e resolveu se vingar. Destruindo-os, é claro. Mas tinha que ser lentamente, de um jeito bem sutil, bem inocente, pra ninguém desconfiar; e com alguma coisa muito gostosa. Inventou o açúcar. E logo espalhou um pouco na terra, de forma que todos os seus rebentos tivessem um gostinho ligeiramente doce. Foi aí que aconteceu o episódio da maçã. Não tinha aquela história de fruto proibido, serpente e coisa e tal? Pois eram artes do Demo. E Eva não só seduziu Adão, como já na primeira mamada passou pro filho o prazer do doce na boca. Como comia frutas, a Eva! Deus, que naqueles tempos ainda era meio sujeito a crises de mau humor, ficou danado. Falou, explicou lá da maneira dele que o amargor da vida é que era o quente, depois esbravejou, chegou a proibir a coisa, não conseguiu nada e acabou expulsando os três do Paraíso. Eles foram embora tristes que só vendo. Andaram, andaram e finalmente chegaram na Índia, embora também se diga que foi no Egito, e armaram um ranchinho ao lado de um canavial. Claro que o Diabo, esse imoral, estava por trás de tudo; um dia se disfarçou de pedra e esmagou uma vara de cana de um modo que o caldo foi espirrar bem na boca do Adão. Cana, pra que te quero? Virava caldo, o caldo secava, sobravam umas pedras doces no fundo. Às vezes ficavam cheias de formigas e Adão reclamava um pouco, mas comia do mesmo jeito. Às vezes comia tanto que chegava em casa meio torto e Eva resmungava um bocado, se lembrando nessas horas de Deus e achando que ali tinha coisa. Deus tudo via e tudo sabia. Só que tinha decidido deixar o barco correr. Não dera a eles o precioso bem da inteligência? Pois eles que se virassem. — Oh, Senhor! Protestavam os anjos — Mas assim vai ficar tudo do jeito que o Diabo gosta! Deus, nem te ligo. Se fazia de surdo. Mesmo porque andava muito ocupado planejando a era de Peixes, por coincidência esta que está terminando agora e que é curiosamente simbolizada por um bicho que morre pela boca. — Terra à vistaaa! — grita o marujo lá do alto da gávea. — Ó Manoel, traz as mudinhas de cana! grita o comandante lá pro fundo do porão. Andavam com elas a bordo, os portugueses, por volta de 1500. O açúcar importado do Oriente era a droga mais cara e cobiçada da Europa. Tinham que encontrar outros solos tropicais para plantá-la. Aí descobriram a América. Só que era preciso preparar a terra, plantar, limpar, cortar, moer, arre. Coisa demais para europeus encalorados. Onde era mesmo que tinha um povo capaz de dar esse duro sem se acabar? Como? Logo ali, na África? Ora, pois. Foi assim, com os africanos, que os europeus fizeram a América.'' Retirado do link sem açúcar, que é um aperitivo do livro 'Sem açúcar com afeto' de Sônia Hirsch, que escreve: "...a saúde é subversiva porque não dá lucro a ninguém..." mais livros da Sônia Hirsch Copiado, colado e linkado por MaFê

quarta-feira, 12 de março de 2008

Torre o saco...

de amendoim, de amêndoas. Compre-os crus e torre-os em casa, sem todo aquele sal ou açúcar do que vem 'prontinho'. É simples: coloque na assadeira, forno 180º, e depois de meia hora, comece a experimentar até ficar no ponto para o seu paladar. Aqui em casa, que o gás é de botijão, leva um pouco mais de 1 hora. Torramos os dois juntos, cada um na sua assadeira, ao mesmo tempo, pois temos 2 grelhas no forno. O cheiro é maravilhoso, parece padaria de pães de todo tipo. MaFê

sexta-feira, 7 de março de 2008

Três receitas

É uma raridade eu ter receitas com medidas. E acontece porque nenhuma é 'minha'. O pão veio numa revista, o bolo peguei no Orkut e a massa de torta/petiscos foi adaptada de uma receita de minha avó, que mandava muito bem na cozinha e vivia perguntando onde eu preferia ir: na quitanda (para me alimentar corretamente e manter mente sã em corpo são) ou na farmácia (depois do médico constatar o estrago e encaminhar o tratamento) Minha avó inventou o conceito do alimento funcional?
MaFê


Receitas
Bolo de Chocolate Vegan
Ingredientes do bolo:

2 xícaras (chá) de farinha de trigo integral

1 xícara (chá) de farinha de trigo branca

2 xícaras (chá) de açúcar mascavo

2 colheres (chá) de bicarbonato de sódio

1/2 xícara (chá) de cacau em pó
1 colher (chá) de sal
1/4 xícara (chá) de óleo
2 colheres (chá) de vinagre de vinho branco
2 xícaras (chá) de água
Misture os ingredientes secos passando eles por uma peneira.

Depois de bem misturado, junte os ingredientes liquidos.
Misture bem, coloque a mistura no forno pré aquecido, use fogo baixo. Deixe ali por 30 minutos, mas fique de olho.
Bolo de chocolate super fácil — vegan (Fernando Fernandez)

Observações

* Eu não peneiro nada e dá certo.
* Aqui o gás é de botijão, então demora uns 50 minutos pra assar.
* Uso açúcar demerara.
* Pode fazer com suco de maçã ou café coado ao invés de água.
* O bolo fica “suado” mesmo, molhadinho por fora.

Massa crocante

Pode ser usada para tortas e petiscos
2 xícaras de farinha integral
¹/2 xícara de água fervendo
¹/4 de xícara de azeite
¹/2 colher de sopa de fermento químico
1 pitada de sal

Misturar os secos
Colocar o azeite
Colocar a água, misturar até formar uma bola

Abrir a massa para cobrir o fundo da torta e reserve uma parte, para cobrir (pode ser fazendo uma tampa ou um trançado).
Ou para fazer petiscos, acrescentando gergelim, ou ervas (orégano, manjeirona),
ou curry ou alho na massa e depois abrindo a massa na espessura desejada e dando o formato conforme a inspiração. Assar em forno médio, até ficar crocante.

Pão básico

2 xícaras de água morna
2 tabletes de fermento
1 colher de sopa de açúcar (fazer a “esponja”: dissolva o fermento na água morna com açúcar e deixe “espumar”)
2 xícaras de farinha branca
4 xícaras de farinha integral(**)
1 colher de sopa de azeite
1 colher de chá de sal

Acrescentar devagar à esponja, até dar o ponto de soltar da mão. Deixar descansar. Modelar os pães. Deixar crescer. Assar em forno médio, por cerca de 30 minutos (forno a gás de rua) ou 45 minutos (forno a gás de botijão)

Observações
(**) pode variar a combinação: 2 xícaras de fubá, 2 xícaras de farinha integral; 1 xícara de aveia, 3 xícaras de farinha integral; ...
* pode “rechear” com azeitonas, ervas frescas, conservas de berinjela, ...
* pode misturar na batedeira, se tiver as pás para pão, e assar em forma de bolo inglês. * pode espalhar gergelim, aveia, ..., por cima * o sabor é neutro, vai bem com salgados (patês) e doces (geléias).