terça-feira, 11 de novembro de 2008

Refogado de Cambuquira – a iguaria


Para quem não gosta de comer legumes e verduras – ou seja, está mal-acostumado – a Cambuquira é a opção para a sua “iniciação”. É simplesmente muito gostoso.

Cambuquira é os brotos da abóbora. A parte mais nova de seus ramos - com gavinhas, flores e brotinhos.
Tudo é aproveitado, inclusive os talos mais grossos, que vão para a panela de pressão para amolecer.
Cozinhei também as folhas grandes ao vapor, para aproveitar enrolando em charutinhos, como se faz com as folhas de uva.

Ontem, provamos o refogado de cambuquira. Que delícia!
Interessante que não é uma verdura muito divulgada. Quase ninguém conhece. Quando fui à feira, nem o feirante sabia explicar direito o que era. Sorte que uma senhora viu a cena e logo se aproximou: “Cambuquira! Que saudade... brotos de abóbora! Meus pais faziam quando eu era criança e morávamos na Itália..!” – com um suspiro e aqueles olhos brilhantes de quem lembra de momentos bons.

Precisou vir alguém da Itália e cruzar o meu caminho, para que eu soubesse o nome desta iguaria. Acho que o brasileiro deveria aproveitar mais as coisas boas que são daqui mesmo.

Por outro lado, a feira vêm (ainda) se mostrando um grande espaço de convivência e de oportunidade de transferência de conhecimento entre gerações: Sempre que tive dúvidas, não tardou a aparecer um senhor ou senhora prestativa, para esclarecer as coisas, cheios de boa vontade.


Refogado de cambuquira

Receita:
1 maço de cambuquira
Alho desidratado
Cebola desidratada
Algumas gotas de shoyu (procure uma marca sem glutamato, porque o glutamato faz mal pra saúde e engorda)
Caldo de legumes (Feito em casa, é lógico. Que esses “prontinhos” são carregados de glutamato e enxaqueca )
Polpa de tomate

Colocar um fio de óleo de girassol na panela, adicionar o alho e cebola, deixar dourar levemente.
Pegar a cambuquira, previamente escolhida e lavada, jogar na panela, virar brevemente, e adicionar o caldo de legumes (se não tiver, pode adicionar água).
No final do cozimento, pode adicionar algumas colheres de sopa de polpa de tomate.
Fica ótimo.

6 comentários:

MaFê Senger disse...

Tsc!
Comida caipira,
;-)

Unknown disse...

Olá. Um a coisa me chamou a atenção na sua receita - shoyo sem glutamato. Gostaria de saber a marca desse shoyo. Um abraço!

umdedois disse...

Felipe,

Shoyo sem glutamato é super difícil de achar.
Uma opção é tentar encontrar shoyos produzidos de forma orgânica, vendidos em feiras de orgânicos, de um produtor que você confia.
Pois a princípio, o glutamato não pode ser considerado um ingrediente orgânico.
Ah, mas é bom perguntar antes, pra ter certeza.
Uma feira interessante de orgânicos em São Paulo é a do Parque da Água Branca. Mas é bom chegar cedo, pois o pessoal chega lá de manhãzinha e compra tudo!
O lanche integral que vendem na entrada da feira também vale a pena... tem uma galera que vai lá só pra tomar o café da manhã.

Estou testando também uma marca comercial nova, que parece, não tem glutamato, ou tem muito pouco. (Passou no teste do sabor... mas ainda vou ligar no fabricante para ter certeza). Se realmente for livre do nefando ingrediente, eu divulgo aqui!


Abraços e boa sorte,
Sandro

silva lemes disse...

Tem uma foto dessa "Cambuquira" para eu postar no meu blog de Cambuquira-mg?

Obrigado!

Gilberto Lemes
http://cambuquira.blospot.com

Sandro Friedland disse...

Ah... mais dicas de shoyo sem glutamato:

Procure shoyu macrobiótico, que vende em casas de produtos naturais.

Na Zona Cerealista em Sampa eu encontro a marca de SHOYO DAIMARU.

Sandro Friedland disse...

Quanto ao shoyo Daimaru, voltei da Zona Cerealista e acabei de descobrir que eles lançaram um versão COM glutamato.

Então tem que tomar cuidado, a versão sem glutamato é a Macrô (macrobiótica) e não a Tradicional (que tem glutamato)